quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Não perca tempo!!!

Olá a todos,

      Gostaria de desejar um feliz 2009, que este ano seja de muitas realizações, paz, amizade, carinho, dinheiro (esse não pode faltar) e tudo de bom!!!
     O tempo passa, só não passa o carinho que sinto por todos e espero que todos sejam felizes.
     Agora, tem uma imagem para gente refletir.
     

Reflexão
Não seja consumido pelo tempo
Faça diferença
Seja mais feliz
Um abraço

Agora é a hora de vocês. É hora de se expressar!!!!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A História do Natal

Olá pessoal, depois das festividades natalinas resolvi pesquisar e escrever sobre a história dessa data tão especial para todos, haja vista que é um dia que trocamos presentes, alguns vestem-se de Papai Noel para presentear as crianças carentes, outros ajudam como podem com roupas e alimentos.

O texto não será traçado de forma romântica, ou seja, aqui não vou falar do do senhor que entra pela chaminé para deixar os presentes ou do nascimento de Jesus o Salvador. Mas, mesmo assim espero que todos não percam de vista o que o natal representa atualmente para cada um. Então vamos lá...

Mesmo que o homem consiga alterar o ambiente que ocupa, na finalidade de melhorar sua sobrevivência, ele ainda sofre, assim como os outros animais, influências do clima, que acaba por modificar suas condutas ao longo do ano. Por exemplo, as colheitas das mais variadas espécies agrícolas depende intimamente do clima. Veja o exemplo do nosso açaí, que nessa época do ano está muito mais caro, devido a temporada de chuva.

Agora imagine essa influência do ambiente nas populações antigas. Como será que o homems comprotava-se frente a tais modificações das estações do ano? Bem, como todo os povos antigos a explicação que era dada baseava-se em desígnios divinos. Então, o homem celebrava as mudanças de estação do ano, cutuando deuses específicos de cada região.

Uma dessas celebrações ocorria na Europa e coincidia com o solistício. Esse fenômeno astrológico ocorre devido a inclinação do planeta Terra e seu movimento peculiar ao redor do Sol. Isso faz a Terra apresentar estações do ano bem características em algumas regiões do planeta.

Em outros continetes havia muitas comemorações que aconteciam nesse período. Por exemplo, na Mesopotamia, que está localizada no hemisfério sul, o solisticio marca o início de inverno e a um momento onde os antigos mesopotâmios celebravam para ajudar seus deuses a vencer a as "forças do mal" que pairavam junto com o inverno. Um ritual semelhante era celebrado pelos babilônicos e persas e era chamado de Sacae, que tinha objetivos análogos a outras festividades dos povos antigos.

Essas solenidades que cultuavam deuses em determinadas épocas dos anos acabou influenciando muitos outros povos, a exemplo dos gregos e romanos, que absorveram esses costumes e os transformaram em celebrações aos seus deuses. Após a derrocado do império romano, o cristianismo considerou essas festividades como culto a falsos deuses, sendo consideradas práticas pagães.

E o natal, o que tem haver contudo isso que foi falado?! A igreja católica, assim como outros povos que se apropriaram da data, começou a festejar o nasciento de Jesus Cristo no mesmo período. A data veio bem a calhar, pois os povos dominados pelo dogmas cristãos, tinham na nova estação do ano uma representação do nascimento da luz, o Retorno do Sol. No século 4 d.C., um decreto do Papa Julius I determinou a comeração do natal no dia 25 de dezembro e até hoje nós celebramos essa data.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Vai um cafezinho aí?!

É muito comum  e cordial oferecer algo as pessoas que visitam nossa casa. Dentre as infinidades de guloseimas e bebidas oferecidas está o café. Um bom bate papo sempre é acompanhado de uma boa xícara de café (ou várias!!).

(créditos: http://www.jblog.com.br/media/27/20071119-cafe.jpg)

        

            Agora, você nem imagina o quanto de ciência e principalmente história está contida numa xícara de café. Antes de continuar a leitura vá até a cozinha e pegue um pouco de café do jeito que lhe agrada, pois agora nós vamos viajar.

        Diz a lenda que o café foi descoberto no século III d.C., por um pastor de cabras chamado de Kaldi. Certa noite o pastor ficou muito preocupado, pois suas cabra não tinham retornado para sua propriedade, então o pastor decidiu descobri o que aconteceu com seu rebanho e saiu atrás das cabras.

        Kaldi encontrou as cabras de certa forma muito eufóricas e com energia, logo ele percebeu que seus animais alimentavam-se de frutas avermelhadas de um arbusto que predominava na que lugar. Intrigado com a situação, o pastor resolver provar a fruta. Kaldi, após provar o fruto, sentiu-se com muito vigor e disposição física.

        O pastor resolveu então levar o fruto até o monge da região, que logo decretou que aquela fruta liberava uma substância alucinógena e por isso foi considerada obra do demônio. O monge ordenou que Kaldi ateasse fogo ao restante dos frutos. Mas, a fumaça que foi produzida pela queima exalava um aroma delicioso, que se disseminou pelo monastério e chamou a atenção de todos os outros monges. Curiosos pelo agradável cheiro resolveram fazer um sumo co os restos dos frutos queimados. Nesse estante nasceu o nosso famoso café.

        Lendas a parte, a planta de café é originária da Etiópia, centro da África, onde ainda hoje faz parte da vegetação natural. Foi a Arábia a responsável pela propagação da cultura do café. O nome café é originado da palavra árabe qahwa, que significa vinho. Por esse motivo, o café era conhecido como "vinho da Arábia" quando chegou à Europa no século XIV.

        Os manuscritos mais antigos mencionando a cultura do café datam de 575 no Iêmen, onde, consumido como fruto in natura, passa a ser cultivado. Somente no século XVI, na Pérsia, os primeiros grãos de café foram torrados para se transformar na bebida que hoje conhecemos.

        Histórias sobre a nova bebida logo se espalharam pela Europa, que importou mudas da planta para o próprio cultivo. Na Europa, o café ganhou áreas mais aristocratas, sendo consumido pela alta sociedade da época em ocasiões de encontros sociais e outras festividades.

        As cafeterias ganharam espaço na Europa a partir do século XVII. Nesse mesmo período floresciam os ideais iluministas e se delineava a Revolução Francesa. Durante tardes inteiras, jovens europeus encontravam-se para tomar café e discutir ciência, literatura, arte e aspectos políticos da época. Atualmente, algumas casas famosas como o Café Procope, em Paris, e o Café Florian, em Veneza, ainda preservam o glamour dessa época.

        No Brasil, o café chegou primeiramente em Belém em 1727, trazido da Guina Francesa pelo Sargento Francisco Mello Palheta a pedido dos governos do Grão Pará e do Maranhão. As condições climáticas do nosso país favoreceram o cultivo do café que se espalhou por praticamente todo o nosso território (as principais áreas de cultivo concentravam-se no Sudeste do Brasil). O café iniciou um novo ciclo econômico no Brasil, fazendo do nosso país um dos principais produtores desta mercadoria. Em muitas idas e vindas do peculiar clima da região sudeste e na situação econômica do mundo, o cultivo do café foi abalado, mas sobreviveu e hoje ainda somos considerados um dos principais produtores e consumidores de café no mundo.

        No que diz respeito à saúde, existe muito mito e informações sem fundamento. Uma delas é sobre os componentes químicos do café. como muitos podem pensar, a cafeína não é o principal componente do café. Sua quantidade é de 1 a 2,5% de cada cafezinho que você toma.

        O grão de café possui uma grande variedade de substâncias:

Minerais: potássio, magnésio, cálcio, sódio, ferro, manganês, rubídio, zinco, Cobre, estrôncio, cromo, vanádio, bário, níquel, cobalto, chumbo, molibdênio, titânio e cádmio;

Aminoácidos: alanina, arginina, asparagina, cisteína, ácido glutâmico, glicina, histidina, isoleucina, lisina, metionina, fenilalanina, prolina, serina, treonina, tirosina, valina;

Lipídeos: triglicerídeos e ácidos graxos livres;

Açúcares: sacrose, glicose, frutose, arabinose, galactose, maltose e polissacarídeos. 

Vitamina: niacina (vitamina B3 ou vitamina PP);

Ácidos clorogênicos (principal componente): na proporção de 7 a 10 %, isto é, 3 a 5 vezes mais que a cafeína. Após a torra, os ácidos clorogênicos formam diversos quinídeos que possuem vários efeitos farmacológicos, como aumento da captação de glicose (efeito antidiabético), ação antagonista opióide (efeito anti-alcoolismo) e inibidora da recaptação da adenosina (efeito benéfico na microcirculação).

            Em reportagem da Revista Galileu (junho de 2003) foi discutida a polêmica sobre o suposto fator viciante do café. A neurologista Suzana Herculano explicou que para viciar é necessário que a substância atinja o sistema de recompensa do cérebro. Estudos mostram que em ratos a cafeína atua no núcleo accumbens (centro do sistema de recompensa). Mas, muitos autores criticam tal estudo por não considerar o café em sua totalidade e, sabe-se que a quantidade de cafeína presente no café concentra-se no córtex cerebral (estimulando a vigília). Mesmo que o café atue na região que outras drogas mais poderosas (cocaína, morfina e até o álcool), nunca se descreveu nenhum caso em que um pessoa precisa-se cada vez mais de café, ao contrário do que ocorre com outras drogas citadas (Revista Galileu, junho 2003 - modificado).


(créditos: http://www.espacocomenius.com.br/circuito_de_recompensa_3_animado.gif)

            

            Sabe-se que a cafeína sabota um dos sistema de sinalizam celular resposável por "acalmar" as células. A cafeína inibe a ação de uma enzima (fosfodiesterase) que degrada uma substância (AMP cíclico) que ativa vários processos intracelulares, logo sem a inibição a célula fica ativa por mais tempo.

        Agora, quando você provar um bom café de manhã cedo ou em qualquer hora do dia, você estará saboreando mais de mil anos de história e ciência. 

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Imagen da Semana

Migrating breast cancer cell, SEM
Credit:
STEVE GSCHMEISSNER / SCIENCE PHOTO LIBRARY


A imagem (eletromicrografia) representa a migração das células do câncer de mama.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

A Receita, o Genoma e uma Opinião

Imagine que eu desse a você a tarefa simples de fazer um bolo. Logo você pesaria nos ingredientes e nas proporções necessária de cada um destes para a realização da tarefa. Se houvesse alguma dificuldade você com certeza recorreria a uma receita de livros de culinária. Bem, em todas as situações nós nos depararíamos com a mistura de vários elementos no intuito de conseguirmos fazer um bolo bonito e gostoso e não um que seria duro demais ou um que não crescesse nada.

Agora imagine a quantidade de ingredientes (moléculas) presentes em seu corpo e como esses componentes organizaram-se a partir de duas células que continham metade das informações genéticas de cada um de seus progenitores. As células aqui mencionadas são chamadas de gametas e são responsáveis por um dos processos mais fascinantes da vida, a reprodução. Após a união dos gametas há a formação do zigoto, uma única célula capaz de transforma-se em um indivíduo novo, com um genoma único.

Mas a final de contas o que é esse genoma e como os elementos presentes nas células organizam-se? Vamos começar da molécula primordial, o ácido desoxirribonucléico (DNA). Em cada uma das 60 a 70 trilhões de células componentes do nosso corpo há um conjunto de 46 moléculas do DNA, sendo que 23 são provenientes de nossos pais (espermatozóide) e 23 da nossa mãe (óvulo). O DNA é uma molécula polimérica constituída de nucleotídeos.

Os nucleotídeos podem ser considerados como o alfabeto da vida, pois a seqüência de nucleotídeo de cada molécula de DNA irá ser responsável pelas suas características: cor da pele e cabelo, altura, tipo de sangue, forma da orelha e nariz, etc.

Os nucleotídeos constituem um alfabeto muito peculiar de apenas 4 letras, que são correspondentes a bases nitrogenadas: Adenina (A), Guanina (G), Citosina (C) e Timina (T). Nós temos cerca de 3 bilhões de nucleotídeos distribuídos nas 46 moléculas de DNA. Os nucleotídeos organizam-se em genes responsáveis pelas diversas características dos seres vivos.

Podemos dizer que o conjunto de genes é a descrição de como fazer um novo ser vivo. Mas, vale ressaltar nesse ponto que não podemos ter a ingenuidade de pensar que essa receita está organizada, assim como a receita dos livros de culinária.

Até o início da década de 1970, o modelo que tínhamos do genoma humano era de um lugar bem organizado, mais ou menos estático, onde cada gene tinha um local correto e preordenado pela sua função. Mas, a partir do projeto genoma humano foi possível descobrir que apenas 2% dos nossos genes apresentam uma informação clara, são os chamados genes codificantes. Para você entender melhor, seria mais ou menos uma receita em que você entenderia só apenas 2% do que estivesse escrito no papel, o resto seria nada mais do que um conjunto de letras sem organização e que não formariam palavras.

Esse é o nosso genoma, um depósito com cerca de 25 mil genes (a mesma quantidade de genes de uma minhoca ou de algumas plantas da família da mostarda) todos dispersos de forma aleatória. Assim, a descrição do nosso genoma foi na verdade uma tapa com luva de película na cara da suposta superioridade do homem e uma grande lição de humildade para a humanidade.