domingo, 26 de abril de 2009

O homem que influenciou e influencia o pensamento das sociedades

A teoria da evolução é uma das idéias científicas que mais revolucionou a maneira de pensar a nossa verdadeira posição no mundo vivo. Além disso, é a teoria que mais abalou os alicerces teológicos sobre a origem da vida.

Sem dúvida nenhuma, a teoria da evolução é a gênese da inquietação acerca do pensamento de nós mesmos e palco de acirradas discussões calorosa e, por que não dizer, épicas entre duas grandes escolas de pensamento: o evolucionismo e o fixismo (criacionismo).

Quando Darwin escreveu “A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural” ele já tinha idéia do quanto seu livro iria causar de reação nos vários setores da sociedade. Em um de seus diários de campo, Darwin chegou a dizer, após ter o insight sobre a seleção natural, que ele tinha medo de publicar seus achados, pois para ele era como se ele estivesse declarando culpado por homicídio.

Na verdade era quase isso, pois se os organismos originam-se um dos outros com o passar do tempo, ninguém precisaria mais de um criador para explicar a diversidade de vida na Terra.

Charles Darwin não desenvolveu sua teoria do nada. Assim como qualquer teoria científica, a teoria da seleção natural foi cunhada depois de muita transpiração e um pouco de expiração. Darwin, após observar a natureza e ler outros pesquisadores da época, conseguiu juntar as peça do quebra cabeça em uma idéia de fácil entendimento: se um ser vivo é, em uma determinada condição ambiental, mais apto que outro organismo, ele irá permanecer e transmitir suas características para os descendentes.

Porém, é fato que a teoria proposta por Darwin não é completa, ainda há muitas lacunas que devem ser fechadas. Darwin utilizou até um dos capítulos da Origem das Espécies para expor com honestidade arrasadora e franqueza insuportável os problemas em sua teoria. Vamos falar sobre alguns desses problemas.

Se você dá apenas um passo no interior da floresta amazônica é provável que esse passo seja tão grande como aquele que foi imortalizado quando Niels Armistron disse sua celebre frase “[...] um grande passo para humanidade”, pois a diversidade de vida que você sobrevoa com a planta de seus pés é tão imensa que e chega ao ponto de não conseguirmos mensurá-la.

Quando Charles Darwin aportou no arquipélago de galápagos, ele ficou tão vislumbrado com a biodiversidade presente nas ilhas, que provavelmente foi aí o grande estalo da idéia de evolução.

Mas nesse momento também nascia os problemas de Darwin: De onde vem toda essa diversidade? Como esses seres surgiram nesse punhado de ilhas? Por que seres da mesma são diferentes?

Darwin sabia que a seleção natural favorecia os mais aptos e dessa forma fazia as engrenagens da máquina da evolução funcionar. Mas, como explicar a diversidade. Provavelmente essa foi a questão que mais tirou o sono desse naturalista.

Além de tudo, antes mesmos de Darwin publicar sua teoria, havia uma idéia concorrente e muito mais fácil de compreensão sobre os mecanismos da evolução. O mecanismo proposto pelo renomado zoólogo Lamarck, conhecido pelas contribuições em muitas áreas da ciência e criador do termo Biologia para o estudo da vida, era de que os seres vivos poderiam mudar as suas características com o simples uso contínuo de um determinado órgão, esse por sua vez se desenvolveria e a nova característica seria transmitida para os descendentes.

O ícone desse modelo de evolução era a girafa, mais exatamente seu pescoço. Após o término da folhagem nos ramos mais baixos, a girafa, para não morrer de fome, esticou, esticou, esticou e esticou seu pescoço para alcançar os ramos mais altos das árvores, assim com o passar das gerações as girafas desenvolveram um pescoço comprido.

Como Lamarck era um cientista de nome renomado sua teoria era bem vista pelos pesquisadores da época. Dessa forma a teoria da seleção natural estava ameaçada de extinção.

Isso só não ocorreu devido ao trabalho de um alemão chamado August Weismann, que era médico, biólogo e um darwinista de carteirinha. Weismann derrubou a teoria de Lamarck através de estudos das células gaméticas (espermatozóides e óvulos). Ele descobriu que essas células se isolavam das demais células do corpo formando uma linhagem a parte, por isso não é possível transmitir características adquiridas para a gerações posteriores. Logo, a girafa pode esticar o pescoço o quanto quiser que não vai transmitir um pescoço maior para gerações futuras.

Weismann conclui que o material da hereditariedade estava presente nos núcleos dos gametas, chamando esse material de plasma germinativo. Seu contemporâneos observaram que o plasma germinativo era formado de aglomerados de fios que se duplicavam durante a divisão celular.

Esse achado foi bombástico, pois corroboravam os estudos esquecidos de Gregor Mendel. As ervilhas de Mendel proporcionaram a teoria da hereditariedade que Darwin precisava. Porém, a teoria da seleção natural era carente de exemplos. Não havia nenhuma descrição do processo de seleção natural, a não ser por especulação.

A primeira evidência de seleção natural foi dado por uma mariposa (Biston betularia) que vive na Inglaterra. Essa mariposa apresenta duas formas: uma clara com algumas manchas e outra forma escura.

A forma clara era a mais frequente na floresta, pois conseguia se camuflar nos troncos das árvores que eram cobertos por líquens. Porém, com o advento da revolução industrial a poluição aumentou e os troncos das árvores foi coberto por uma folhigem negra.

A poluição favoreceu as mariposa escuras, que agora se camuflavam nos troncos e deixaram de ser o lanche de muitos pássaro, pois conseguiam se esconder com mais facilidade. Como as mariposas pretas sobreviviam, elas cruzam e davam origem a novas mariposas com a mesma característica. Dessa forma, a frequência de mariposas escuras aumentou e o número de mariposas claras diminui bastantes (<>

Com a diminuição da poluição, os líquens voltaram às árvores e as mariposas claras podiam agora se esconder. Como é de se esperar, o número delas aumentou e hoje em dia existe um equilíbrio entre as populações de mariposas claras e escuras.

Observe que em nenhum momento foi falado que as mariposas trocavam de cor, o que aconteceu na verdade foi uma mudança ambiental que favoreceu a diversidade já existente. Finalmente existia a evidência para sustentar a teoria da evolução por meio da seleção natural.

Com alguns dos problemas resolvidos a teoria de Darwin passou a ser respeitada e muito mais combatida pelos fixista, pois a seleção natural passou a ser uma possibilidade para explicação da diversidade da vida na terra.

O problema todo é que a teoria de Darwin abrange todos os seres vivos, inclusive as espécie humana. A espécie, como descrito no Gênese bíblica, que foi criada a imagem de Deus e não a partir de formas pré-existentes semelhantes a "macacos".

É importante frisar que a espécie humana não descende de macacos, mas de espécies já extintas de hominídeos que originou os macacos, gorilas, gibões e humanos. O pensamento de que existiu uma espécie de macaco que foi mudando até virar homem é incorreto. O que existe é um "arbusto", ou seja, muitas espécies. Porém, todas elas, menos uma, estão extintas. Somos os únicos sobreviventes.

Mas a história do homem vou deixar para outro post. Espero que essa introdução sobre evolução seja de fácil entendimento, qualquer dúvida e/ou curiosidade envie um comentário ou e-mail para mim (erikg6pd@yahoo.com.br).

Até mais.