quinta-feira, 8 de julho de 2010

EU VOU BEIJAR MUITO!!!

"Os beijos são como pepitas de ouro e de prata encontradas na terra sem ter qualquer valor em si e que são preciosas por indicarem que há uma mina perto"
Arthur Rimbaud (1854-1891)



Olá pessoal!! Tudo bem?
Eu devia ter postado essa matéria a muito tempo atrás. Mas, a preguiça e a minha memória (que anda falhando faz tempo) não deixaram que isso acontecesse. Pois bem, havia escrito esse post para ser liberado no dia dos namorados, mas só agora ele está saindo das profundezas do meu computador.

Nós vamos tratar aqui do beijo. Não de todos os tipos, o que é uma pena, mas vou tentar ser o menos cientifico possível, para que esse ato tão bonito (e gostoso) não se torne algo frívolo. Então sem mais enrolação vamos nessa!!!!

Como surgiu o beijo?
Se eu conseguisse responder a essa pergunta provavelmente eu ganharia o Nobel (não sei de que categoria, mas provavelmente ganharia). Os primeiros relatos datam de de1500 a.C. São esculturas e murais do templo de Khajuraho, na Índia.
No século 6 da era cristã, o Kama Sutra estava repleto de referências aos beijos. Ele ensina, entre outras coisas, que "não há duração fixa ou ordem entre o abraço e o beijo, o aperto e as marcas feitas com as unhas e os dedos", pois "o amor não cuida do tempo ou da ordem". Mas, como o beijo tornou-se algo rodeado e arraigado de sentimento de carinho, paixão, amor e por que não dizer de traição e ódio. Calma, eu explico mais a frente.
Penso que a história do primeiro beijo é muita, mais muito mais antiga do que as datas acima. A maioria dos pesquisadores propõe que o beijo origina-se do ato da mãe alimentar o bebê com outros alimentos que não o leite materno. Após alguns meses de vida, a introdução de alimentos na dieta da criança é algo normal. No intuito de facilitar a deglutição e a digestão da cria, as mães mastigavam previamente o alimento e depois davam aos filhos através da boca, e nisso, tinham que encostar os seus lábios com os lábios da criança.
Bem!! Parece uma boa hipótese, e eu sou inclinado a reconhecê-la como uma boa saída para a origem do beijo. Supõe-se, além disso, que o beijo está relacionado ao ato de cheirar e conseqüentemente ao reconhecimento, pelo odor, dos indivíduos de uma mesma família.
Vamos para alguns dados históricos que eu pesquei na net.
Diz-se que na Suméria, antiga Mesopotâmia, as pessoas costumavam enviar beijos aos deuses. Na Antiguidade também era comum, para gregos e romanos, o beijo entre guerreiros no retorno dos combates. Era uma espécie de prova de reconhecimento. Aliás, os gregos adoravam beijar. Mas foram os romanos que difundiram a prática.
Os imperadores permitiam que os nobres mais influentes beijassem seus lábios, e os menos importantes as mãos. Os súditos podiam beijar apenas os pés. Eles tinham três tipos de beijos: o basium, entre conhecidos; o osculum, entre amigos; e o suavium, ou beijo dos amantes.
Na Escócia, era costume o padre beijar os lábios da noiva ao final da cerimônia. Acreditava-se que a felicidade conjugal dependia dessa benção. Já na festa, a noiva deveria beijar todos os homens na boca, em troca de dinheiro (Fala sério heim!!!). Na Rússia, uma das mais altas formas de reconhecimento oficial era o beijo do czar.
No século XV, os nobres franceses podiam beijar qualquer mulher. Na Itália, entretanto, se um homem beijasse uma donzela em público, era obrigado a casar imediatamente.
O beijo se espalhou pela cultura indo-européia, pois os gregos adotaram o gesto com grande entusiasmo. Eles chegaram até a descrever vário tipos de beijos, façanha essa realizada pelo grande historiador Heródoto.
O beijo é algo tão importante que ele foi absorvido pelos vários ramos da cultura e da arte. É só você lembrar como a bela adormecida é retirada de seu sono profundo, ou de como é quebrado o encantamento maléfico da bruxa, ou ainda como o beijo marca a traição de Jesus cristo.
Mas, o beijo nem sempre foi visto com bons olhos (ou bocas nesse caso) por todas as culturas. Por exemplo, a Igreja Católica se encarregou de reprimi-lo caso a intenção fosse libidinosa em vez de apenas a execução automática de um gesto de etiqueta. Os clérigos assustavam-se na época com o prazer que o beijo podia transmitir.
No século 19, constatou-se, para surpresa dos ocidentais, que muitas culturas ignoravam o prazer do beijo. Povos do Pacífico Sul e tribos africanas não tinham esse hábito. Os esquimós preferiam roçar os narizes (o famoso beijo de esquimó) e os japoneses nunca admitiriam em público que gostavam de beijar.

A biologia do beijo
Eu costumo dizer que o beijo é praticamente um termômetro do relacionamento. Se você beija muito, a temperatura do relacionamento está alta, do contrário o negócio ta ficando frio, sem graça.
Um beijo movimenta cerca de 30 músculos e gasta o equivalente a 14 calorias. O ato de beijar favorece o sistema circulatório, aumentando de 70 para 150 batimentos por minuto os corações dos apaixonados, isso beneficia a oxigenação do sangue.
Sem esquecer que o beijo estimula a liberação de hormônios que causam bem-estar. Substâncias como a fenietilamina que está ligada a sensações de amor, dopamina ligada à emoção amorosa e as endorfinas ligadas ao prazer invadem o organismo dos apaixonados.
Durante a troca de saliva, a boca é invadida por milhões de bactérias, 9 mg de água, 18 mg de substâncias orgânicas, 7 dcg de albumina, 711 mg de materiais gordurosos e 45 mg de sais minerais (ufa!!).
No caso dos homens, a saliva contém testosterona, que é passada para a parceira (ou parceiro, assim como desejar!!) durante o beijo. O beijo com mais saliva (também não é muita, tá?!) é capaz de transferir mais testosterona, o que incentiva o apetite sexual nas mulheres.
Meninas!!! Façam uma peregrinação na memória e lembrem-se do beijo mais gostoso que já deram. Fiquem sabendo que aquele jovem rapaz de que você acabou de lembrar produzia muita testosterona, por isso o beijo era tão bom.
Mais de 75% das pessoas inclinam a cabeça para a direita ao beijar. Os cientistas acreditam que essa preferência tenha se iniciado antes do nascimento, quando nossas cabeças estão do lado direito do útero. Portanto, os músculos da cabeça, pescoço e ombros inclinam a cabeça de forma que o nariz não toque com o nariz do parceiro.
O beijo apresenta três fatores importantes: o psicológico, o biológico e o cultural.
- Sua resposta psicológica depende do seu estado mental e emocional, bem como você se sente em relação à pessoa que estiver beijando. Sob o aspecto psicológico, beijar alguém que você deseja estimula sentimentos de vínculo e afeto. Mas se está beijando alguém de quem você não gosta, ou se for beijado contra sua vontade, sua resposta será completamente diferente;
- Seu corpo reage fisicamente ao fato de ser beijado. A maior parte das pessoas gosta de ser tocada e isso é parte da sua resposta corporal ao beijo. Mas, o beijo também afeta todo o corpo, desde o fluxo sangüíneo até seu cérebro;
- A cultura na qual você foi criado tem um papel muito importante sobre o que você sente em relação ao beijo. Na maior parte das sociedades ocidentais, as pessoas estão condicionadas ao beijo. O comportamento das pessoas a sua volta, as imagens da mídia e outros fatores sociais podem afetar dramaticamente a maneira como você reage quando é beijado

Para finalizar!!!
Os jovens vivem desesperados a procura de beijos, pois a cultura atual do “ficar” impõe padrões de relacionamentos sem compromisso (não me interpretem mal, só estou falando do que nós vivemos hoje).
Beijar é muito bom! Principalmente, se você beijar quem você gosta de verdade. Porém, a onda é quem beija mais e beija muitos, por isso o beijo perdeu o sentido sepulcral dos amantes. Ele se tornou um torneio. O beijo pelo simples ato de encostar os lábios é parecido com o chiclete que vai perdendo o açúcar, nós enjoamos e temos que comprar outro.

DÊ VALOR AO SEU BEIJO. ESCOLHA A BOCA DA ALMA QUE TE ENCANTA. BEIJE COM SENTIMENTO.

Um abraço
Tio Erik

P.S.: Mas, pra saber qual a boca certa, a gente tem que experimentar algumas (ou várias), então beije bastante. Porém, tenha consciências do que na verdade do que você quer. Se quer apenas a boca ou se quer o sentimento.

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